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Skid Row: a tensão que levou à demissão de Bach

Skid Row: a tensão que levou à demissão de Bach

Skid Row: a tensão que levou à demissão de Bach

(...) LRI: Você tem alguma perspectiva pessoal de como Sebastian Bach viu o rompimento da banda? Mencionou-se que Sebastian não gostava do material apresentado a ele, procede?
Snake: Eu acho que todos nós temos nossa visão pessoal até onde conseguimos perceber o que estava por trás do racha da banda tantos anos atrás. Eu tenho uma memória muito boa, John, e há um pouco de verdade no que ele disse, mas honestamente, é isso que eu lembro. Eu me lembro de escrever seis músicas e ele não pode lhe dizer que seis músicas eram essas porque sinceramente, até onde eu saiba, ele nunca as ouviu. Scott McGhee as levou até sua casa e disse, ‘Pelo menos dá uma ouvida’ e Sebastian estava tão puto conosco naquela época e estávamos tão distantes um do outro que chegou ao ponto dele nem OUVIR o material. Pelo que me disseram, ele tacou a fita em Scott e disse, ‘Eu não vou cantar essa porra de punk rock’, porque é assim que Bach via Rachel. Aquela reação de nem se dar ao trabalho de ouvir ao material foi o que me deu um estalo de seguir em frente sem ele. O lance é, desde o primeiro álbum, Rachel SEMPRE trouxe influências punk rock pra banda, não era nada novo. Foi sempre Rachel que nos apresentou essas coisas e tinha a influência dos Ramones e dos Pistols. Músicas como ‘Piece Of Me’ ou ‘Bonehead’ nunca teriam acontecido se não fosse pela influência de Rachel.

LRI: Eu amo a paixão que Sebastian tem por tudo, ele chega a cansar a gente quando conversamos com ele, mas é sempre divertido. Por que as coisas ficaram tão ruins entre ele e o resto de vocês?
Snake: Eu acho que por muitas vezes, o que acontece nessas situações é que a idiossincrasia das pessoas, ou seu caráter podem estar mascarados ou escondidos quando você está vivendo certo grau de sucesso. Quando esse sucesso começa a desaparecer, questões de caráter saem da toca e levantam suas cabeças em um modo positivo ou negativo.

LRI: Você começa a ver um lado diferente de alguém quando você passa de tocar para estádios lotados para bares lotados.
Snake: Sim, e pra ser honesto, isso nunca me afetou, John. Eu disse isso umas cem vezes nas entrevistas, então não tem nada de novo, nunca me incomodou. Eu não posso dizer que não fui afetado em NADA, mas não ao ponto que afetou Sebastian. Isso o afetou muito, muito, quando isso aconteceu, do meu ponto de vista A maneira que ele tratou Rob foi especialmente horrível naquela época e eu acho que teve muito a ver com o fato de nós estarmos muito conscientes de nossa decadente popularidade. Sebastian, por alguma razão, levou a coisa muito, muito pro lado pessoal. Eu acho que todos nós o fizemos, mas eu sei que nunca olhei pro nosso sucesso ou reconhecimento como um direito de nascença ou algo que o mundo me devia. Eu entendo que aquele nível de fama não dura pra sempre. Eu olhei para cada momento daqueles como uma dádiva total e ainda o vejo como tal até hoje, mesmo aqui falando com você. Poder ainda estar envolvido com esse ramo de negócios tão difícil é INCRÍVEL e eu sou muito, muito grato. Eu acho que é uma benção que os cincos membros originais do SKID ROW ainda estejam no ramo apesar de alguns da banda estarem fazendo seu lance solo. Eu nunca entrei nessa pra ser um ‘astro do rock’. Eu queria ser um guitarrista e escrever músicas e o fato de que ainda posso fazê-lo é incrível. Poder escrever músicas que as pessoas gostam ou se identificam é maravilhoso. Eu realmente sou grato por poder tocar para uma platéia de qualquer tamanho e realizar o que continuamos a fazer. […]

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